11 novembro 2019

Jesus Cristo é a melhor história que inspira para vivermos em paz!

Ele era harmonioso, manso, gentil, observador, simples, ousado, feliz, poético e inteligentíssimo. Nunca analisei alguém como Jesus Cristo. Algumas de suas características fogem completamente ao padrão psicológico previsível. Sua personalidade revelava uma sinfonia que rimava nos extremos. Ao prever sua morte, Ele, como qualquer ser humano, devia bloquear sua memória e reagir por instinto, expressando medo e ansiedade. Mas, para espanto da psiquiatria, Cristo abria as janelas da sua inteligência e gerenciava seus pensamentos como ninguém o fez na História. Na sua natureza humana escondem-se as coisas mais belas e de que mais precisamos: a virtude em suportar infortúnios, o respeito ao direito que os outros têm de agir, a capacidade de superação do medo, a simplicidade, domínio próprio, o diálogo aberto, a capacidade de perceber o belo nas pequenas coisas. Perturbou teólogos e pensadores de todos os séculos. Dos 12 aos 30 anos, Jesus não viajou para outras regiões em busca de conhecimento. Ele ficou nas imediações de Nazaré por 18 anos e, nesse período, investigou, em segredo, o seu próprio ser, analisou suas experiências e as limitações humanas. Ele aprendeu a ser um homem espetacular. Foi o Mestre dos mestres porque soube aprender. Conhecer um fato é diferente de vivê-lo. Como Deus, Ele conhecia a ansiedade, a discriminação social e as aflições humanas, mas nunca as tinha vivido. Todo ser humano tem limites, devendo cuidar da qualidade de vida para não prejudicar sua saúde. Costumamos viver extremamente estressados e com diversos sintomas psicossomáticos, como dores de cabeça e musculares, cansaço. Esses sintomas se devem à tensão diária, trabalho excessivo e responsabilidades sociais. Jesus não era diferente. Todos os dias, pesava sobre ele a responsabilidade de resgatar a humanidade para Deus. Ele era incomodado, discriminado e, ainda por cima, tinha que desculpar e ser tolerante, não apenas com seus inimigos, mas também com seus amigos. Os discípulos não enxergavam seu plano metafísico e freqüentemente discutiam e entravam em disputa. Mas, pelo fato de saber filtrar tais estímulos, além de proteger sua emoção, Jesus tornou-se uma pessoa tranquila, capaz de convidar as pessoas a aprender com Ele a arte da mansidão.Poucas pessoas foram tão longe no ateísmo como eu. Por pesquisar a construção de cadeias de pensamentos e a gênese dos conflitos humanos, eu considerava Deus, bem como Jesus Cristo, como desculpa do cérebro que não aceitava seu fim. Para mim, Deus era um produto imaginário da psiquê, para aliviar sua dor diante das frustrações e perdas existenciais e da inevitabilidade da morte. Mas duas coisas mudaram meu pensamento. Primeiramente, ao estudar exaustivamente o funcionamento da mente humana, descobri que ela tem fenômenos que superam os limites da lógica. Para produzir um pensamento, entramos na memória e em meio a trilhões de opções resgatamos verbos, substantivos e pronomes, sem saber como fazemos. A construção de cadeias de pensamentos não pode ser explicada pelo universo físico-químico cerebral, pelo computador biológico do cérebro. Compreendi que só a existência de um Deus fantástico poderia explicar o anfiteatro da nossa inteligência. O segundo momento foi o estudo das reações, dos pensamentos e das entrelinhas das idéias de Jesus. Compreendi que era impossível que Ele fosse fruto de uma ficção. Nenhum autor poderia construir uma personalidade como a d’Ele, que ultrapassa os limites da previsibilidade psicológica. Amá-lo não é apenas um ato de fé, mas uma decisão de muita inteligência.


Palavras de Augusto Cury.



Nenhum comentário:

Postar um comentário