18 março 2014

RACISMO

Infelizmente sinto a tristeza de fazer parte de uma nação desunida e incapaz de perceber que faz parte de um todo... De um corpo... E que confirmamos uns a existência dos outros... Nação incapaz de vencer a ilusão de que existem seres, raças superiores... Seres incapazes ou bem distantes de vencer os pré-conceitos, o moralismo laico, a hipocrisia e a desumanização. Sociedade apática, onde poucos se fazem verdadeiros aprendizes da vida... A discriminação racial, social, passa de separação ao crime (linha divisória ao combate e diferença). Acham tantos adjetivos para a palavra negra em si, como por exemplo, triste, lutuoso, funesto, horrendo, hediondo, odioso, amaldiçoado, ameaçador... Enfim, a raça negra não representa isto! São seres humanos iguais, discriminados pela pigmentação da pele, e pelos seus traços fortes e marcantes... Seres tão capazes de produzir quanto uma pessoa não negra. Com belas canções e poesias, guerreiros na política, pessoas sensíveis que necessitam de apenas uma oportunidade, neste mundo manipulado por imagens. Onde estas prevalecem corrompendo, rotulando, e estereotipando a muitos. O racismo sim é sangrento, triste, lutuoso, funesto, horrendo, hediondo, odioso, amaldiçoado e ameaçador... Isto sim é a verdadeira descrição para o racismo, que vem marginalizando pessoas e muitas das vezes de forma sutil. Marcando vidas, tocando vidas de forma que jamais serão esquecidas pela dor... Infelizmente existe também o racismo inverso (contra pessoas de pele clara), e a exclusão social, ou seja, a discriminação de classes sociais que gritam por todos os cantos. Envolvo-me na história e viajo numa filosofia à temporal, onde os verdadeiros valores estão no SER, nas suas virtudes e no seu desenvolvimento e na natureza, realidade da qual hoje estamos distantes. Vazio coletivo, existência perdida, é o que vivenciamos. O homem contemporâneo caminha em sentido contrário à vida. Num mundo onde a repressão prevalece e desfalece, desvitalizando o homem em todas as suas virtudes e potencialidades. O vazio, algo cético está desvitalizando o homem e a procura pela liberdade transformou-se em prisão. Alguns acreditam encontrar a liberdade em bens materiais, outros acreditam ganhar o mundo através das imagens. Escrevo e constantemente vejo que a proximidade ao nada, é a liberdade de ser-me. A busca pelo poder tem prevalecido de tempos em tempos, corrompendo o homem e afastando-o de si mesmo. Prepararam um sistema do qual passamos a fazer parte no momento da concepção, sem ao menos podermos interagir e contribuir sinceramente para uma melhoria continua de vida em nosso contexto social. Estamos seguindo um sistema falido, destrutivo e despido do respeito e valorização da vida, e do ser humano enquanto SER. Apenas seguimos um ritmo acelerado de interesses alheios sem poder opinar. No Brasil o voto é uma farsa! Não temos opções e preparação para tamanha responsabilidade. E os mesmos corruptos sempre estão a se candidatar! Que país é este? Do que devemos nos orgulhar? Do nosso país enquanto cidadãos, e de nós mesmos? Quais foram as nossas conquistas desde os primórdios e as atuais? Hoje vejo uma regressão significativa na nação de modo geral, ou seja, um empobrecimento psicológico em massa que cresce cada dia mais. Gostaria de deixar bem claro que tecnologia não significa evolução e muitas vezes involução. Certa vez li uma frase de Rollo May que dizia assim: "Do que adianta ter poder, sem a capacidade de evoluir, ter força sem a capacidade de aprender, e ter a capacidade de reagir sem a capacidade de optar...".



Eric Med

ZUMBI DOS PALMARES

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